Ir para o conteúdo principal

Este artigo é do Pedro Dulci. PhD em Filosofia pela UFG e seu perfil no Instagram é @pedrolucasdulci.

Gostei muito do que ele diz sobre nossa atualidade e compartilho com vocês a integra do seu artigo abaixo, com sua autorização.

Gostaria de reforçar com minha opinião pessoal: Se você, como pai ou responsável, não educar o seu filho(a) em casa. O mundo, as mídias e a internet, e infelizmente o Felipe Neto, fará, sem o seu consentimento.

Segue o artigo do Pedro:

“No fim de semana, não se falou de mais nada, a não ser a tentativa de Marcelo Crivella de retirar a obra Os Vingadores – A Cruzada das Crianças, da Bienal do livro.

Nas palavras do prefeito, “precisamos proteger as nossas crianças”. Por isso, determinamos que os organizadores da Bienal recolhessem os livros com conteúdos impróprios para menores”. Não adiantou. Os livros não foram recolhidos, como também os exemplares se esgotaram em 29 minutos ao abrirem as portas da feira do livro. Mas o pior foi a reação da mídia. No domingo, a cena “imprópria” do HQ estava na capa do jornal Folha de S. Paulo — nas casas de cada brasileiro. O que era para ser escondido foi amplamente exposto.

Não vou entrar no mérito da regulação de conteúdo adulto para crianças e adolescentes. O ECA já deixa isso claro. Somente uma criança sem supervisão acessa QUALQUER conteúdo impróprio. Esse é meu ponto — a tal da “proteção de nossas crianças”

Quem realmente acha que tirar um HQ de circulação com um beijo gay é proteger crianças? Até quando vamos esconder dos nossos filhos as marcas do pecado no mundo criado por Deus? Qual é a idade que eles estão “prontos” para ouvir uma conversa sobre beijo gay? E quando chegar essa idade, a conversa ainda vai ser útil?

O amadurecimento de um ser humano é um processo de formação. O discipulado cristão também. Quantos pais (dos que brigam na rede social e compartilham fake news no WhatsApp) estão realmente comprometidos com o discipulado dos seus filhos? Quais estão em condições de mostrar os sinais da criação, da queda e da redenção em cada afetado da cultura pop?

Na Bienal do livro aconteceram três painéis para debater literatura Trans e LGBT. Quantos painéis sobre esses temas acontecem em nossas igrejas? Estamos investindo pesado na educação cristã das nossas crianças — ou terceirizamos para a escola e a igreja?

Enquanto a programação para os nossos adolescentes se limitarem a entretenimento barato em acampamentos cheios de gincanas e quebra-gelo vamos ficar horrorizados com o fato da sociedade estar sendo muito mais diligente em sua doutrinação.”

Vale muito esta reflexão e não somente para o caso da Bienal. Para tudo no vida de nossos filhos.

Um forte abraço!

Deixe uma resposta