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Conforme você usa o Facebook, e vai inserindo suas informações nele, a plataforma Facebook vai montando um prontuário digital com grande quantidade de dados a seu respeito. Robôs analisam tudo para tentar descobrir ainda mais – e também vigiam a sua navegação por boa parte da internet.

Ele não é o único: o Google também faz algo do tipo. Um monitoramento que parece saído do clássico 1984, o romance distópico de George Orwell.

O sistema funciona graças aos cookies, pequenos arquivos de texto que são colocados no seu computador ou celular e o identificam enquanto você navega na internet. Na Europa, a lei determina que o usuário tenha de aprovar cada um dos cookies depositados no seu computador. Mas um relatório da Comissão de Privacidade da Bélgica, concluiu que o Facebook está violando a lei, plantando cookies nos computadores das pessoas sem a permissão delas. Segundo o relatório, ele usa cookies para monitorar usuários que não estão logados na sua rede – e até gente que jamais teve uma conta de Facebook. A empresa negou a prática e disse que o relatório tem erros.

O mergulho nos meus dados pessoais ficou entre o fascinante e o perturbador. O mais esquisito é que concordei em dar todo esse acesso ao Facebook. ”Ao clicar em Abrir uma conta, você concorda com nossos Termos, incluindo nosso Uso de Cookies”, diz o texto. Quase ninguém o lê: apenas 7% dos usuários, segundo uma pesquisa de 2011. No caso do Facebook, o documento oficial tem mais de 23 mil caracteres – mais do que esta reportagem -, e passa de 80 mil somando os subitens. Ou seja, é dificílimo de ler. Isso não é exclusividade do Facebook. Os contratos que você ”assina” ao se inscrever nos serviços online sempre são longos e tortuosos. Talvez porque não existam para serem lidos – mas para que as empresas tenham poderes enormes sobre você. E porque, mesmo sabendo disso, e de tudo o que o Facebook faz, você dificilmente vai parar de usá-lo.

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