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Todo o ecossistema de Internet das Coisas, envolvendo os dez segmentos que foram analisados no estudo contratado pelo BNDES ao CPqD e à consultoria McKinsey, poderá gerar receitas de US$ 200 bilhões ao ano, a partir de 2025 para o país. No caso do segmento da agricultura, um dos quatro eleitos como prioritários para o país investir, a IoT pode elevar a produção agrícola em 49 milhões de toneladas, até 2025, por meio do sensoriamento de lavouras. Já a produtividade da indústria nacional poderá aumentar 40% seus ganhos com a melhoria do controle de estoques e logística.

Estes foram alguns dados citados por Maximiliano Martinhão, secretário de Política de Informática do Ministério de Ciência, Tecnologia, Informação, Inovações e Comunicações, ao apresentar o Plano de Ação, a última etapa do estudo sobre Internet das Coisas, juntamente com Carlos da Costa, diretor de Planejamento e Pesquisa do BNDES.  Segundo o secretário, o estudo ainda mostrou que a IoT poderá reduzir os acidentes de trabalho na indústria de base em 20% dos números atuais, reduzir em 30% as crises graves ocasionadas por doenças crônicas como diabetes, doenças cardíacas e problemas respiratórios, reduzir os custos de manutenção dos equipamentos médicos em 40% por meio de seu monitoramento e reduzir em 15% o tempo gasto pelas pessoas no trânsito nas grandes cidades.

De acordo com Martinhão, as grandes contribuições de um Plano Nacional de IoT se darão em três vertentes: aumento da produtividade da economia, adensamento da cadeia produtiva e melhoria da qualidade de vida da população. “A Internet das Coisas é uma oportunidade única e o Brasil está preparado para captar seu valor”, afirmou Martinhão, destacando que poucos países no mundo posse um plano em nível nacional para IoT. Já Carlos da Costa, do BNDES, destacou que o banco vai participar do plano com o financiamento de projetos, de start ups a empresas que precisam de expandir. “Não vamos fugir ao nosso compromisso de financiar  o desenvolvimento do país”, disse ele.

Próximos passos

Para desenvolver no país os quatro segmentos de IoT — agricultura, saúde, cidades inteligentes e indúsjtria – com o objetivo de aumentar a produtividade, adensar a cadeia produtiva e melhorar a qualidade de vida dos cidadãos o estudo, apresentado hoje, 3, durante o Futurecom 2017, apontou um conjunto de ações que vão compor o Plano Nacional de IoT:
. 26 ações de fomento à inovação e inserção internacional,
. 12 ações de formação de capital humano,
. 21 ações de ampliação de infraestrutura,
. 12 ações de melhoria do ambiente de negócios em aspectos regulatórios, de segurança e de privacidade de dados.
Martinho destacou, ainda, a importância do Plano Nacional de IoT para a transformação digital brasileira, conduzida pela Secretaria de Política de Informática. Nesse sentido, lembrou, existem ações de interesse transversal como a formulação de uma Lei de Proteção de Dados.

Segundo o secretário, a partir de agora o Plano de Ação será debatido internamente do governo e consubstanciado em um decreto que deve ser publicado ainda este ano.

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