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Trabalhamos com tecnologia a vários anos, e temos grande facilidade no que se refere aos recursos advindos com a utilização da Internet. Desde garoto, sempre gostei de ajudar em projetos sociais. A ideia foi juntar duas coisas que gosto muito de fazer e criamos o Projeto Web Segura. Nosso intuito de início era a simples disponibilidade de dar palestras aos adolescentes de escolas públicas no Distrito Federal, falando dos riscos e como se precaver nos dinâmicos dos atividades virtuais.

O Projeto Web Segura tem 03 objetivos:

  1. Conscientização da sociedade quanto aos riscos associados a utilização da Internet;
  2. Promoção de uma utilização segura da Internet;
  3. Orientação a pais e educadores nos benefícios e malefícios.

1. Qual o importância da Internet para nossos vidas?

AQ – A internet revolucionou nosso forma de comunicação e relacionamento social. Transformou profundamente o modo como interagimos, seja em nossos famílias ou nos outros grupos sociais o que pertencemos. Alterou como vivemos, aprendemos, trabalhamos, consumimos e nos divertimos. A internet trouxe benefícios na utilização das tecnologias com fácil acesso ao conhecimento, na colaboração entre as pessoas e organizações, na inclusão social, e na criação de valores.

As crianças e os adolescentes são hoje o grupo que mais se destaca em seu uso. A internet se tornou muito útil em agregar conhecimento e interatividade. É possível encontrar uma infinidade de coisas uteis, divertidas e atraentes. E para os mais jovens e uma grande ferramenta de interação social.

No início do internet, seu conteúdo era produzido por poucos. Somente aqueles que conheciam as técnicas de programação podiam produzir conteúdo A maioria dos internautas podiam somente navegar entre os páginas. Nos últimos anos, isso mudou radicalmente, novas ferramentas foram criadas para facilitar a criação de conteúdo e compartilhar de maneiras muito simples, seria por meio de blogs, redes sociais, ou vídeos no Youtube. Essa interação entre os internautas foi muito enriquecedora para a internet, fortalecendo seu campo de penetração em todos os lugares.

2. O que você tem a nos dizer sobre o acesso de crianças na rede?

AQ: – Alguns dados nos chama a atenção: 45% do população brasileira acessa a internet continuamente. Desse grupo, mais de 30% são crianças e adolescentes. São quase 27 milhões de brasileiros abaixo dos 17 anos acessam a internet constantemente, na grande maioria sem orientação de seus pais. O local mais comum de acesso e dentro de nossas casas, seguido de acesso em Ian houses e centros comunitários de acesso gratuito, como igrejas ou bibliotecas públicas. É importante garantir estratégias apropriadas para minimizar os abusos por pessoas mal-intencionados ou ilegalidades que podem acontecer nestas novas formas de relação. Tudo que usamos com equilíbrio e responsabilidade nos traz frutos duradouros.

Uma sociedade mais conectado contribui em muitos aspectos para seu desenvolvimento, e torcemos muito para que isso aconteça de forma segura e saudável. No entanto, sabemos que tudo pode ser utilizado para o bem ou para o mal, e com a internet não seria diferente. Com os riscos eminentes, a prevenção e a sensibilização de pais para uma mais seguro e consciente da internet são a melhor forma de evitar grandes problemas.

3. O que fazer para que as crianças que estão iniciando a “vida virtual” não sejam fisgadas pelas armadilhas da Web, somo os pedófilos, por exemplo?

AQ – A melhor linha de defesa e ter uma participação ativa sobre o que nossos filhos fazem na internet. Mecanismos de proteção ajudam, mas nada pode substituir um pai atento e com conhecimento de causa. Sabemos que crianças sempre se orientam mais pelo que veem nos pais do que por qualquer outra interação. Já ouviu o ditado, “macaco vê, macaco faz”? Elas aprendem imitando os adultos, e adquirimos mesmos hábitos presentes na família. Lembre-se: você e o modelo. Se tiver uma postura sadia e cauteloso sobre como usar a internet, com hábitos seguros e instigar que seus filhos também tem posturas semelhantes, essa se torna a melhor ferramenta para os riscos disponíveis na internet.

4. Existem ferramentas que bloqueiam conteúdos inapropriados na internet?

AQ – Algumas ferramentas possibilitam de forma ativa a proteção das crianças no mundo virtual. Os browsers mais novos possibilitam o controle de conteúdo, sendo passíveis de configurações com pouco conhecimento, temos até mesmo alguns browsers destinados a faixas etárias já com o intuito de auxiliar no controle.

Uma outra alternativa, são softwares de controle parental. Estes permitem que os pais definem quais sites e os horários de acesso. Sendo possível até mesmo o controle de amigos que nossos filhos possuem, podemos ter conhecimento do conteúdo das conversar e/ou mesmo quem está sendo adicionado na lista de amigos.

Controle nos comunicadores instantâneos podem ser bons artifícios para uma primeiro linha de proteção Mas nenhuma restrição de acesso ou software de controle pode blindar quanto o todos os riscos possíveis na internet.

5. É interessante que os pais tenham perfis nas redes sociais e participem dos grupos de amizade dos filhos? Essa pode ser uma boa alternativa para que eles tenham acesso ao que o filho pratica na rede?

AQ – Pais que têm perfil nos Redes Sociais somente para “vigiar” os filhos, conseguem ter abertura para conversar quando descobrir alguma coisa errada e as crianças podem se valer de práticas que ocultam o que fazem na internet

No relação de pais para os filhos tudo deve ser feito as claros, tanto no vida real como na vida virtual. As crianças tem que saber que o cuidado paterno também é valido na vida virtual, precisam se sentir cuidados e amados em qualquer lugar. Deixe claro as regras, o que pode e o que não pode. Que sempre vai entrar no Facebook e dar uma “guaribada” no que ele está fazendo na Internet. Seja sempre claro e objetivo. Porque se usar o perfil somente para vigiar, ao invés de orientar, inviabiliza abertura para perguntar sobre um amigo que achou suspeito ou estranho adicionado como amigo nas Redes Sociais? Na imposição? Com certeza se for adolescente essa abordagem não vai funcionar.

6. Quais devem ser os cuidados com a divulgação de dados pessoais na rede?

AQ – Deixe clara a necessidade de privacidade e de manter a reputação no meio digital. Estabelecer os limites no mundo virtual é uma obrigação, assim como já é no mundo real. Verificar, avaliar e questionar como as crianças se comportam na internet é dever de todo adulto responsável. Cuidado com as fotos, dados pessoais como telefone, endereços, a escola, locais onde frequenta não devem ser informados na internet. O que se publica nas redes sociais ou mesmo o “curtir” no Facebook deve ser feito com cuidado, alguns estudos apontam maneiras de descobrir os preferências do usuário pelo o que ele curte na Internet. Publicamos isso no Blog do Projeto Web Segura. Criminosos se valem de qualquer informação disponível na Internet para tentar tirar vantagens. Não e necessário se criar uma paranoia com tudo que acontece na Internet, mas entender as dinâmicas se faz necessário nos dias de hoje.

7. O que a escola deve fazer para conscientizar os alunos sobre a importância da internet, não só para entretenimento, mas também como um instrumento de auxílio ao conteúdo mostrado em sala de aula? E qual o limite para a utilização desse recurso?

AQ – A escola precisa ter um papel ativo. Uma boa abordagem é trazer estas discussões com projetos direcionados ao mundo virtual. Projetos com campanhas são uma boa iniciativa, mas só isso não basta. É importante desenvolver uma metodologia de ensino onde a segurança na Internet também faz parte do dia o dia dos alunos, projetos ou disciplinas devem ser iniciados de maneira homeopática, trazendo sempre novas interações entre escola, alunos e comunidade. Pois com a internet, tudo muda muito rápido.

8. A utilização das redes sociais como forma de aproximação dos alunos deve ser estimulada pelos professores. O novo modelo de portal da nossa escola, pode ser uma forma dos professores terem acesso ao que os alunos divulgam entre si?

AQ – Com o advento do Web 2.0, de onde saímos do perfil de consumidor de informação para nos transformar manipulador desta, aquele perfil de usuário que somente absorvia os informações do internet não existe mais. Agora, temos um papel ativo trabalhando essas informações, pois, mais do que nunca, podemos manifestar o que pensamos e como achamos que as coisas deveriam funcionar.

Como usar uma ferramenta com imenso poder de interação dos mais jovens dentro da sala de aula? Achamos que a resposta pode ser simples: ferramentas de interação entre os alunos e professores devem ser exploradas de todos as maneiras. O novo portal que está sendo implantando na escola, é uma oportunidade de ouro, onde o possibilidade de aprendizado não seja mais limitada a sala de aula. As Redes Sociais atraem, por que não transformar isso numa ferramenta de ensino? Escolas que tirarem vantagens dessa dinâmica, deste atrativo para se destacaram e enriquecerem a sociedade com uma nova dinâmica do aprendizado.

9. Quais as ferramentas necessárias para a família e a escola participarem ativamente da vida virtual das crianças e adolescentes evitando que estes façam mau uso dos benefícios que a internet oferece?

AQ – Ferramentas que possibilitam a interação entre alunos, professores, pais e a comunidade enriquecem a todos.

A sinergia que a novo Portal da escola pode trazer abre a possibilidade para uma nova didática onde a colaboração é a dica da vez. Cada vez que a escola incentivar esse tipo de interação, as experiências na educação serão enriquecidas de conteúdos e de projetos inovadores apoiados em múltiplas frentes de trabalho.

10. E para finalizar, as redes sociais podem ser consideradas aliadas para o início dos relacionamentos sociais das crianças e dos adolescentes?

AQ – As redes sociais são uma grande aliada para o relacionamento das crianças e dos adolescentes, mas não devem ser utilizadas para o início da social. Somos seres sociáveis por natureza. Começamos nossos relacionamentos com nosso grupo familiar, depois passamos para os relacionamentos escolares, amigos e vários outros grupos aos quais é gerador a sensação de pertencimento.

As redes sociais possibilitam o quebra do limite geográfico, mas elas devem ser aliados e complementares aos grupos reais que temos no dia a dia.

Leia no site do Santa Mônica

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