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Provavelmente, nestes últimos dias, reparou que as redes sociais têm sido inundadas com vídeos do TikTok. Esta aplicação, que conta já com 800 milhões de utilizadores em todo o mundo, permite que seus usuários usem a criatividade e partilhem vídeos de curta duração, com música, memes, coreografias e filtros.

No entanto, como em todas as redes sociais, os perigos estão sempre presentes. A empresa chinesa detentora da aplicação não permite qualquer comportamento de assédio ou abuso contra menores de idade, bem como vídeos de menores nus. Apesar disso, e de acordo com o El Periódico, a polícia espanhola já detetou casos de pedófilos à procura de novas vítimas.

A inspetora Cecilia Carrión, da Unidade Central Cibercrime da Polícia Nacional de Espanha, explicou que “o problema não são os vídeos publicados de crianças a dançar. O problema está nos olhos de alguns que os veem. Os vídeos do TikTok são um foco para o tipo de pessoas que procuram interagir com menores”.

As autoridades espanholas já têm registro de casos em que os suspeitos se fazem passar por menores, entram em contacto com as vítimas, dizem que gostam dos vídeos delas a dançar e a cantar e pedem que lhes enviem outros. Alguns deles, nomeadamente de raparigas a dançar em biquíni, já foram encontrados na denominada “Dark Net“.

Como se não bastasse, existe aqui um outro senão. É que as aplicações como o Twitter, Facebook e Instagram relatam semanalmente este tipo de casos ao Centro Nacional para Crianças Desaparecidas e Exploradas dos Estados Unidos, algo que não acontece com o TikTok porque, como depende da China, esse tipo de informação não é fornecida.

A polícia espanhola deixou algumas regras básicas para os menores utilizadores deste tipo de aplicações: não falar com pessoas que não conhecem e com quem nunca estiveram fisicamente; não enviar fotos e vídeos a desconhecidos; não confiar na conversa de estranhos.

Os agentes alertaram ainda que os “jovens querem ser populares e ter muitos seguidores” , o que acaba por ser perigoso. É fundamental os pais estarem atentos às interações dos filhos na internet.

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