A área de TI, apesar de já multifacetadas em suas frentes de atuação, é entendido por todos como o departamento responsável por manter funcionando toda a parafernália tecnológica dos dias atuais e das instituições. E os analistas de TI são aqueles que precisam resolver as demandas cada vez mais urgentes, seja para os clientes internos e os externos cada vez mais exigentes e mais ansiosos. Mantendo a qualidade dos serviços, auxiliando a acelerar os negócios sem aumentar o risco a segurança da informação.
O desafio da TI hoje é manter a estabilidade do que está “rodando”, alinhado com a área de negócios que precisa de mais velocidade, indicadores para tomadas de decisão, previsão de riscos, em um mercado que tudo é de última hora.
O desafio atual é conciliar o modo tradicional – focando na estabilidade, tentando manter os processos estruturados, louvando o que está funcionando para evitar panes ou paradas não planejadas, com o modo rápido e flexível – entregas mais rápidas, metodologias não convencionais, que assumam riscos e foquem diretamente em rapidez e competitividade.
Então como engrenar a TI para trabalhar com estes dois modos? Como fazer a TI se tornar uma área Bimodal?
Este conceito sugere uma forma de trabalhar a tecnologia em sinergia com estes dois polos. Desta maneira, compartilhando mesmos recursos (entenda infra e pessoal) a empresa consegue rodar nas duas frentes, suprindo as duas necessidades: Ganhar tempo, manter o que funciona, focando sempre na entrega rápida e mais assertiva possível. Mas o principal desafio para ter uma TI aderente a esta nova modalidade é os desafios internos e a cultura da organização. Os profissionais de TI precisam quebrar os paradigmas do distanciamento das necessidades do negócio. Compartilhando o conhecimento e tendo sempre o mesmo objetivo em comum entre todas as áreas.
Apesar de todo o legado existente na cultura da TI, este entendimento de abraçar a área de negócios pelo departamento de tecnologia representa uma tendência do mercado que almeja novos negócios e ganho de competitividade, sem assumir riscos desnecessários.
Pelo próprio entendimento do Gartner, uma influente corrente a favor da mudança vem soprando aos novos profissionais de TI com uma visão promissora de Cultura Ágil em gestão de projetos e Lean TI (que falaremos em breve). Fica claro que adotar um TI Bimodal não significa abrir mão do que funciona e arriscar novas metodologias de forma descabida. Ao meu ver, a principal vantagem vem mesmo para a própria TI, pois se tornando mais colaborativa, mais flexível, possibilita uma troca de energia entre as mais diversas áreas que pode ser benéfica para toda a organização.
A crescente tendência da TI Bimodal nas instituições começará a trazer frutos duradouros entre a sinergia entre departamentos, possibilitando ganho na competitividade. Vemos indícios desde modelo de colaboração nos grandes players de tecnologia a nível mundial. No Brasil como muito do contexto é espelhado de experiências estrangeiras, infelizmente ainda estamos em uma fase embrionária, mas vejo que aos poucos vai se quebrando a resistência dos líderes mais tradicionais que receiam mudanças na sua maneira de gerir os recursos disponíveis sobre sua tutela, focando em sintonizar a tecnologia para entregas mais ágeis e a um menor custo para área de negócios.