Além de todas as informações positivas, sempre há o “lado sombrio da força”. A internet em si é neutra. O que define seu resultado final, sua real intenção, é o que nós, usuários, fazemos dela. Algumas pessoas procuram utilizar a internet para enganar, seduzir, praticar golpes, estimular à violência, preconceito, racismo, conteúdo pornográfico, intolerância e ódio.
Prevenção e educação serão sempre um processo contínuo na formação de nossos filhos. Devemos empreender nossos esforços para conhecer e falar de forma aberta com as crianças e adolescentes sobre os perigos do mundo virtual, assim como fazemos no mundo real. Estabelecer limites devem estar em pauta em qualquer ambiente. As crianças tendem naturalmente a querer compartilhar informações com seus amigos e conhecidos, também na internet. Deixando com grande facilidade porta de acesso para que outros consigam informações pessoais sobre quem somos e o que fazemos.
Verificar, avaliar e questionar como as crianças se comportam na internet é dever de todo adulto responsável. Orientamos a nossos filhos a não frequentarem lugares perigosos, “não fale com estranhos!”, procuramos saber com quem eles andam; todo este zelo deve valer também para o mundo virtual.
Cabe a nós o papel de incentivar o compartilhamento das experiências online com as crianças. Quando seu filho estiver navegando, compartilhe com ele o aprendizado, mostre seus valores e o que acha interessante que lhe seja mostrado. Essa interação estimula a autoestima das crianças e a cumplicidade com elas. Além de ser uma oportunidade de melhor convívio familiar, será ainda uma chance de transformar isso num momento de aprendizado coletivo, caso tenham poucas experiências no uso da internet. Apesar de o computador ser uma ferramenta de uso individual, nada nos impede de, através dele, criar novas formas de interação humano-familiar.