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04730708000Uma pesquisa realizada pelo fabricante de antivírus e softwares de segurança BullGuard com 2 mil pais da Grã Bretanha mostrou que 55% admitiram usar o Facebook para espionar os filhos. Desses, 40% monitoram os perfis para ficar de olho nas mensagens do mural e 30% “fuçam” a seção de fotos postadas pelos amigos. Para explicar o uso da rede social como forma de monitorar os filhos, 24% dos pais confessaram que essa é a única forma que encontraram de saber ao certo o que os filhos estão fazendo.

Vale lembrar que abrir uma conta no Facebook é permitido apenas para maiores de 13 anos, mas isso não impede, na prática, que crianças mais novas que isso usem a rede social. Porém, acredita Rodrigo Nejm, diretor de prevenção da SAFERNET, associação que faz pesquisas e ações de segurança na internet, o pai que concorda que uma criança com menos de 13 anos tenha um perfil, diz, nas entrelinhas, que tudo bem mentir. “Dependendo da idade, o mais correto é procurar, junto com o filho, outros sites mais adequados para a faixa etária dele”, recomenda.

Porém, é importante diferenciar vigiar e espionar de acompanhar. A diferença é tênue, mas ela existe, segundo Rosa Maria Farah, coordenadora do Núcleo de Pesquisas em Psicologia e Informática da PUC-SP. “Se o adulto entra querendo apenas espionar, ele já impõe uma barreira, pois tem a ideia de que algo errado está acontecendo. O melhor é demonstrar um interesse genuíno, da mesma forma que os pais fazem nas atividades do mundo real”, explica.

Rosa ainda ressalta que mesmo que o seu filho tenha muito mais habilidade para usar as redes sociais e todos os recursos que elas oferecem, ele ainda não tem maturidade emocional para avaliar o uso que faz da internet. Por isso, quanto mais nova a criança for, mais de perto o pai tem de acompanhar. Ou seja, os pais britânicos entrevistados na pesquisa tem lá os seus motivos.

Por outro lado, como você sabe, quando o assunto é tecnologia, os que já nasceram na era digital saem na frente. Se você pensar em criar um perfil de mentira para monitorar o seu filho, por exemplo, ele pode manter uma conta também de mentira para despistá-lo. Outro problema está na relação de confiança entre vocês que pode ser abalada se as coisas não forem bem conversadas. Por isso, ficar por dentro dos sites que as crianças navegam e com quem elas se relacionam via internet pode ser uma boa maneira de protegê-las, mas nada substitui o diálogo.

Fonte: Revista Crescer

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