Todo início de ano, quem ocupa a posição de responsável pela área de TI precisa preparar e revisar o planejamento estratégico anual, considerado uma das atividades mais complexas da agenda anual dos executivos. Além de terem cuidado na elaboração, os CIOs precisam cada vez mais se preocupar em demonstrar resultados claros para os negócios. Cada vez mais os recursos de TI precisam estar a serviço das estratégia de negócio.
1. A estratégia de TI é muito genérica?
O departamento de tecnologia da informação dificilmente consegue atender a apenas um tipo de necessidade, perfil de clientes ou segmento de mercado. Os objetivos da área tendem a ser mais abrangentes, mas nem por isso deve-se esquecer de atender a demandas particulares de cada área.
A maioria das empresas de sucesso aprendeu que um único modelo dificilmente supre todas as necessidades. Os gestores de TI, por sua vez, deveriam considerar melhor as necessidades únicas de cada unidade de negócios que compõe a companhia com o intuito de construir uma estratégia que atenda, o melhor possível, toda a organização e as particularidades de cada departamento.
2. A estratégia está direcionada ao mercado?
Os projetos internos da área de TI quase nunca representam o melhor caminho para começar a desenhar uma nova estratégia para o departamento de tecnologia da informação. É um clichê dizer que não se pode pensar em mudar resultados fazendo as coisas do mesmo jeito sempre. Assim, vale a pena o CIO sair um pouco do seu ambiente, com o intuito de entender melhor as necessidades do mercado em que a empresa na qual ele atua está inserida.
Para isso, além de conversar com os principais executivos, vale a pena ouvir pessoas do setor, com o intuito de detectar demandas e oferecer ideias que possam fazer verdadeira diferença para a operação.
3. A estratégia será claramente comunicada?
Os planos anuais de negócio da área de TI são, normalmente, entendidos pelos principais executivos da companhia, os quais estão preocupados com o retorno esperado. Mas entre a apresentação do projeto e a implementação do mesmo há uma tendência de existir uma quebra na comunicação.
Para evitar isso, o primeiro passo é criar um documento com toda a estratégia de TI detalhada e que possa ser compartilhado por toda a companhia. Assim, qualquer pessoa da organização pode discutir novas políticas, tecnologias, métodos e outras possíveis mudanças.
4. A estratégia é realista?
Quando escreve o planejamento anual, o CIO deve contemplar todos os recursos necessários para atingir os objetivos. Isso porque, uma nova estratégia pode até parecer promissora, mas ela depende de questões práticas, que incluem recursos financeiros, competências técnicas e tecnologias. Além disso, qualquer projeto deve estar alinhado aos objetivos e à cultura da empresa.
5. A estratégia pode melhorar o dia a dia da operação?
Qualquer novo plano deve atender às necessidades operacionais e aos objetivos de negócio da empresa. De outra maneira, é um desperdício gastar esforços e recursos para formular novas políticas, adquirir tecnologias, implementar planos ou buscar conhecimentos.
Se, no final do dia, os objetivos desenhados não resultarem em mais eficiência dos procedimentos operacionais ou gerarem mais valor, vale a pena analisar se não está na hora de mudar a estratégia.
6. A estratégia tem o suporte adequado, em termos de sistemas?
Quando falamos em sistemas de suporte, o termo refere-se a todos os recursos necessários para a gestão.das iniciativas, bem como os recursos envolvidos. Afinal de contas, construir um passo a passo do projeto é o fator mais importante para garantir que a ação está alinhada à estratégia.
Lembre-se que na maior parte dos projetos que envolvam mudanças, a falha está atrelada a problemas com as pessoas envolvidas. Ou seja, o sucesso depende de que o gestor e sua equipe trabalhem de forma ajustada e totalmente dentro do escopo.
7. A estratégia está adaptada às mudanças no ambiente de negócios?
O planejamento precisa ser dinâmicos o suficiente para atender aos novos desafios da empresa. Em nenhum momento a estratégia deve virar um entrave para que a companhia busque novos negócios ou melhore seus sistemas.