Não dá para negar que a internet está presente na vida de muita gente. O que acontece agora é que as pessoas “entram” na rede cada vez mais cedo. Mesmo. Pesquisa realizada pela AVG, empresa fabricante de softwares de segurança, diz que 81% dos bebês com menos de 2 anos já tem algum tipo de perfil na rede com imagens disponíveis. O que os pais colocam na web varia entre imagens de pré-natal, experiências da gravidez e fotos da trajetória do nascimento. Alguns também criam contas de e-mail para as crianças muito antes delas aprenderem a ler.
O estudo foi feito com 2200 mães que vivem nos Estados Unidos, Canadá, Inglaterra, França, Alemanha Itália, Espanha, Austrália, Nova Zelândia e Japão. Entre os dados da pesquisa, destaca-se o alto índice de presença online dos menores de dois anos nos Estados Unidos: 93%. Já na União Européia, esse percentual cai para 73%. Outros dados que também chamaram a atenção: 7% dos bebês e crianças pequenas tem um endereço de e-mail criado pelos pais e 5% tem perfil em rede social.
E como fica a preocupação dos pais com tanta informação sobre os seus filhos na internet? Em uma escala de 1 a 5 (sendo 5 equivalente a “muito preocupados”) a pesquisa relevou que o nível é 3,5 – ou seja, preocupação moderada. Ainda segundo os pais, o que mais os motiva a colocar fotos das crianças na rede é compartilhar as imagens com amigos e familiares. No entanto, 22% dos entrevistados nos Estados Unidos afirmaram que fazem isso porque querem incrementar seus perfis nas redes sociais.
Para o CEO da AVG, Jr. Smith, é preciso ficar alerta, pois o que esses pais estão fazendo é criar um histórico digital para os filhos que os acompanhará pelo resto da vida. “O que as crianças irão pensar no futuro sobre as informações que você postou?”, questiona. Segundo Smith, os pais precisam conhecer mecanismos de privacidade na internet, caso contrário, uma foto que desejam compartilhar apenas com amigos ou familiares poderá ser vista por todos.
Fonte: Revista Crescer