Apesar de sempre termos que limitar o uso da televisão e do videogame, desta o sempre… hoje também precisamos colocar na lista os smartphones, tablets e computadores.
É impossível não vermos crianças com acesso aos eletrônicos, sejam o celular do pai, o tablet da mãe, o irmão mais velho nos consoles de games conectados na internet e os pequenos acabam se interessando variavelmente. O que precisamos entendermos agora é qual é o limite que as crianças devem ter para usar os dispositivos eletrônicos.
Temos alguns materiais confeccionados por especialistas que nos auxiliam em mensurar um limite recomendável. Um que gosto de citar é o Manual de Saúde de Crianças e Adolescentes na Era Digital, da Sociedade Brasileira de Pediatria, que particularmente confio em dizer que podem auxiliar em algumas diretrizes para definir limites recomendáveis.
Mas não somente pesquisamos as recomendações da SBP, como também a Academia Americana de Pediatria, traz recomendações importantes. Segundo a Academia América o recomendável é que somente o primeiro contato dos pequenos com eletrônicos aconteça após os 02 anos de vida, mas sempre com a supervisão dos pais, como gosto de reforçar aqui no curso.
Também pela Academia América a tolerância para crianças entre 2 a 5 anos, não deve passar do excedente de 01 hora pro dia.
Para os especialistas da SBP existe pouco valor agregado educacional para liberar acesso a eletrônicos aos pequenos em contrapartida do alto risco que possam estar sendo expostos. Além das recomendações importantes sobre a higiene do sono, aos pequenos, devemos evitar atividades que os despertem nas horas que antecedem aos momentos de descanso.
Outra informação importante nesta recomendação é que a luz emitida pelos aparelhos eletrônicos interfere na produção da melatonina, que é o hormônio indutor do sono. E uma noite mal dormida impacta em toda as atividades das crianças no outro dia, além de trazer consequências a médio e longo prazo.
Como dissemos em artigos anteriores, nesta questão você, também é o exemplo, pois de nada adianta recomendar e restringir o uso se você mesmo não larga os eletrônicos. Sem contar que este isolamento enfraquece os laços familiares, impactando nos aspectos emocionais que estão sendo construídos.
Precisamos fortalecer os laços evitando estes isolamentos, apoiadas em bengalas eletrônicas. Tornando cada vez mais distantes a relação de pais e filhos no mundo real e ilhados cada um em sua bolha dos ambientes virtuais. Hábitos que incentive atividades entre todos é um bom exercício para fortalecer estes vínculos. Mesmo que tenha o eletrônico como ferramenta de interação, seja jogando juntos, assistindo juntos ou interagindo de alguma maneira, defina os tempos para estar online e offline.
Outra recomendação dos especialistas neste quesito, é quando as crianças devem ter seus próprios eletrônicos? A resposta é enfática! Nunca antes dos 12.
Antes desta idade, deve ficar claro que o controle dos eletrônicos está sobre a responsabilidade dos pais.
Consequências comprovadas pela SPB pelo abuso do tempo em frente a telas destacamos:
- Sedentarismo e ganho de peso;
- Dificuldade de aprendizado;
- Atrasos no desenvolvimento cognitivo;
- Sono prejudicado;
- Ansiedade;
- Hiperatividade;
- Problemas de concentração;
- Falta de noção de espaço;
- Irritabilidade.
Precisamos ter limites no acesso aos eletrônicos aos pequenos por questão de saúde. Ponto final.
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