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Somos o resultado de milhões de anos de aperfeiçoamentos. Poucas características desenvolvidas com a evolução permitiram tanto avanço como o polegar opositor. Graças a essa propriedade, conseguimos criar objetos e manipular ferramentas com destrezas.

Com a criação das telas touchs, dos smartphones e tablets potencializamos o uso destas aptidões e temos uma geração que exploram estes talentos com maestria. Os gadgets, cada vezes mais poderosos e intuitivos, já são quase uma extensão de seus dedos e moldaram o comportamento inteiro desde geração. Bem-vindos a “Geração Touch”.

Os nascidos após o ano de 2000, cresceram dentro da influência de internet e com o touch do lado. Apesar de não fazerem a menor ideia do impacto provocado pelo atentado do WTC (setembro/01 – 20 anos), o espanto do Tsunami da Indonésia (dezembro/04 – 17 anos) ou a esperança surgida com a Primavera Árabe (dezembro/2010 – 11 anos). Conseguem acesso a estas informações de forma global e em uma velocidade antes nunca vista.

Se deparam com um desastre humanitário como o COVID, de um impacto sanitário secular e demonstram ainda mais uma vez, que o digital e os relacionamentos com seus pares, são suas principais fontes de busca de conhecimento. Ignoram completamente os meios de informações tradicionais, como jornais, TV e o Rádio como fontes de referências. A “caixa de pandora” da atualidade é móvel e nada representa mais os desafios desta geração, do que a informação portátil que os acompanha a todo o momento…

Com os smartphones no bolso, levam consigo para ondem vão, as amizades, a família, os desafios, os sonhos, a escola, o trabalho.

Estima-se que 52% dos adolescentes usam diariamente o Youtube e as Redes Sociais como fontes de informações e educação. Passam grande parte do dia conectados. Em diversos momentos, em mais de uma tela em simultâneo. Estão hoje em torno de 31% da população mundial e em crescimento. Que impactarão diretamente no reflexo do mercado de trabalho, com sinais claros de que serão altamente revolucionários.

Segundo neurocientistas, ainda não sabemos o impacto que a internet terá na formação destes adolescentes. A imersão permanente na internet e nos aplicativos associados, estimulam de forma diferente suas capacidades de analisar ideias e a concentração. Pois o hábito de leitura tem se degradado nesta geração.

Sendo esta última (a leitura intensiva), uma potencial atividade de criação de circuitos cerebrais que necessita de treino e uso prolongado para se formar. Algumas pesquisas realizadas por especialistas em saúde mental dos EUA e Canadá, confirmam que adolescentes demonstram um limite médio de atenção reduzido em comparação com a geração anterior, e 11% deles são diagnosticados com transtorno de déficit de atenção.

Isto acende um sinal de alerta no horizonte.

Apesar de faltar estudos que auxiliam em conclusões mais concretas, nossa responsabilidade não pode ficar à deriva há espera de novos ventos.

Temos a obrigação de incentivar bons hábitos digitais, fontes de informações além do Youtube e Redes Sociais. Limitar o tempo de acesso/conexão, atividades multitarefas em demasia. Estimular leituras e até mesmo momentos de ócio, sem eletrónicos, que incentivam a criatividade e quem sabe até em incentivar a inovação e o empreendedorismo de forma a desbravar novos desafios.

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