Ir para o conteúdo principal

Filhos podem acusar os pais de invasão de privacidade? Para o promotor da infância e juventude em Joinville, Sérgio Joesting. “Os pais devem controlar o uso da internet pelos filhos.” E, se acharem necessário, podem usar programas de computação para monitorar os acessos. “Já existem softwares que podem auxiliar os pais nesse controle”, diz.

É o caso de um software apelidado de guarda-costas virtual, que registra acessos de páginas que tenham conteúdo impróprio e captura, em tempo real, conversas em sites de bate-papo. O software emite relatórios a partir de palavras-chave. Por exemplo: ao cadastrar a palavra sexo, sempre que a criança acessar um site que contenha o termo, ou que a palavra for citada durante conversas online, um aviso é emitido, por e-mail, para os cadastrados. E os pais podem escolher a periodicidade do recebimento desse conteúdo.

O promotor diz ainda que as escolas também têm um papel importante na prevenção de problemas relacionados ao mau uso da rede, como o cyberbullying, o bullying na internet. O cyberbullying é crime e deve ser denunciado. “Sabemos que é comum os jovens usarem a internet para ridicularizar colegas, mas os casos não chegam ao judiciário, acabam sendo resolvidos internamente”, diz. “Desde que assumi a promotoria em abril, nenhum caso foi registrado, mas sabemos que o problema existe.”

Uma pesquisa da ONG SaferNet Brasil, feita em 2009 com 2.159 estudantes de todo o País, revelou que 11% dos alunos já publicaram fotos íntimas ou vídeos sensuais na internet. Sobre cyberbullying, 33% afirmaram que algum amigo já foi vítima deste tipo de humilhação na rede.

Deixe uma resposta