Ir para o conteúdo principal

Desde já faço um apelo aqui, envolvam-se na vida virtual de seus filhos.

O mais importante na orientação das novas tecnologias é nossa atuação como pais.

Por sermos os primeiros protetores, o envolvimento na rotina e nas atividades virtuais dos filhos deve ser primordial. É preciso um referencial de pais responsáveis, estáveis, como presença educativa e compreensiva, funcionando com um guia para a formação sadia da personalidade da criança. Se este lugar que transmite segurança, firmeza e autoridade não for ocupado pelos pais, com certeza será preenchido por outro, às vezes, por desconhecidos na internet.

Seja sincero com os filhos, encorajando-os a relatar problemas no mundo virtual. Pode ser mais seguro e efetivo que utilizar softwares de filtragem de conteúdo, ou outro tipo de controle digital.

Pesquisas mostram que pais participativos têm filhos com maiores taxas de sucessos em suas rotinas e obrigações.

Dizer “não!” é importante para a proteção das crianças, diante dos riscos associados à má utilização da rede mundial de computadores. Mas a proibição de alguma atividade precisa ser clara, para que eles compreendam objetivamente a razão disso. Eles precisam entender os motivos que levaram a estas decisões, as razões de segurança; pois crianças só aprendem com exemplos claros, repetitivos e persistentes, para assim construírem seu sistema de valores e sua noção de justiça.

Os limites precisam serem impostos e explicados, por quem eles sintam amados, e que, portanto, sentir que queremos protegê-los. Um relacionamento positivo entre pais e filhos deve permitir expressões dos sentimentos de ambos os lados quando o problema aparecer. Os filhos devem ter direito de serem ouvidos, assim como seus pais.

Quando existe algum comportamento que os pais não aprovam, deve ser esclarecida a reação perante tal atitude, e qual a expectativa de conduta.

Deixe sempre claro que o reprovado é o comportamento, e não o seu filho.

Se tiver filhos adolescentes, lembre-se de respeitar a privacidade deles, o direito a conversas privativa com os amigos estabelece um direito à liberdade. Mas dependendo da forma como se usa esta liberdade, haverá um impacto direto nele e nos demais que o cercam. Portanto, deixe claro que a internet, por ser um espaço público, também é usada por pessoas mal-intencionadas, e que, por esta razão principal, não se pode confiar plenamente em tudo o que se vê ali, nem tê-la como única fonte de informação – ou ainda como única forma de lazer.

Adolescentes são muito resistentes quanto a aceitarem conselhos que restrinjam suas experiências, por isso, testam os limites dos pais o tempo todo.

Com eles, a regra deve ser nunca proibir de modo ditatorial, pois isto não educa nem previne. Diálogo e orientação devem ser a matriz de toda a interação. Conforme eles vão amadurecendo, se receberam uma boa orientação quando crianças, não haverá necessidade de extrema supervisão. A demonstração de confiança dos pais reforça nos jovens suas responsabilidades, e seu discernimento quanto aos conteúdos que devem ou não ser acessados.

Conhecer mais sobre a internet é a melhor maneira de ajudar seus filhos a não caírem nas armadilhas da web. Conhecer mecanismos de proteção – como os softwares de auxílio – ajuda, mas nada pode substituir um pai atento e com conhecimento de causa. Se seus conselhos forem baseados em experiências próprias, serão levados mais a sério pelas crianças. Caso contrário, podem ser facilmente rejeitados sob o argumento de que “você não sabe nada do assunto”.

Sabemos que crianças sempre se orientam mais pelo que veem nos pais do que por qualquer outra interação. Já ouviu o ditado, “macaco vê, macaco faz”? Elas aprendem imitando os adultos, e adquirem os mesmos hábitos presentes na família.

Lembre-se. Você sempre será o modelo.

Deixe uma resposta