1. Em 2020, 100 milhões de consumidores vão comprar em ambientes de realidade aumentada
À medida que o uso de dispositivos móveis se torna um comportamento arraigado e diminuem a distância entre os mundos físico e digital, as marcas e seus parceiros varejistas precisarão desenvolver mecanismos que impulsionem esse comportamento para melhorar a experiência de compras. Utilizar aplicativos de realidade aumentada para elevar o nível das informações digitais como textos, imagens, vídeos e áudios para o topo de importância do mundo físico representa um grande passo em direção a um engajamento mais profundo, tanto em lojas físicas quanto online.
Por exemplo, quando você anda em uma mercearia, “todos os dados sobre os diferentes itens estarão flutuando no ar na frente deles”, disse Daryl Plummer, o analista do Gartner. Os atuais óculos quadrados e volumosos que usamos para ver a realidade aumentada serão mais elegantes e fáceis de usar.
A tecnologia será usada também nas compras online. Em 2017, o Gartner espera que uma em cada cinco principais marcas de varejo globais tenha implementado recursos de Realidade Aumentada.
Um exemplo seria um consumidor que apontasse o aplicativo de catálogo da IKEA para um cômodo em sua casa e conseguisse visualizar os móveis onde gostaria de instalá-los. Esse elemento do mundo real diferencia os aplicativos de AR dos de realidade virtual (do inglês Virtual Reality – VR).
2. Em 2020, “as pessoas vão conversar mais com bots que com seus cônjuges”
Em quatro anos, 30% das sessões de navegação na web serão feitas sem a necessidade de uso de uma tela. Em outras palavras, as pessoas vão confiar mais em assistentes virtuais como o Alexa ou a Siri, cuja compreensão da linguagem natural tem melhorado continuamente.
As novas tecnologias centradas em áudio, como Google Home e Echo, da Amazon, acessam informações baseadas em diálogos onipresentes, criando novas plataformas com base em “interações por voz” (do inglês Voice-First Interactions). Ao eliminar a necessidade de uso de mãos e olhos para navegação, as interações vocais aumentam a utilidade dos acessos à internet em contextos como dirigir, cozinhar, caminhar, socializar, se exercitar e operar máquinas. Como resultado, o tempo passado sem acesso instantâneo a recursos online será próximo à zero.
Mas a dependência crescente de comunicações de voz para interagir com a internet levanta grandes questões, disse Aren Cambre, líder da equipe Web da Southern Methodist University, que participou da apresentação. Além disso, para que as interações por voz se tornem mainstream será preciso resolver algumas questões. “Vamos dizer que um estudante queira verificar suas notas através de Alexa. Como vamos autenticar esse aluno?” questiona Cambre. “Há algumas perguntas ainda mais difíceis e importantes a serem respondidas.
3. Em 2019, 20% das grandes marcas deverão abandonar seus aplicativos móveis
As empresas vão parar de usar aplicativos como o primeiro ponto de contato da marca com seus clientes, disse Plummer. Os apps não estão produzindo os resultados esperados pelas áreas de negócio, especialmente o Marketing, segundo ele. “O custo é ainda maior do que o benefício”, afirma. Em vez disso, as empresas vão se voltar novamente para a web móvel ou passar a usar abordagens como a dos “Progressive Web Apps”, promovidos pelo Google, que começam como uma simples aba no Chrome e se tornam “progressivamente mais apps” à medida em os usuários interagem e engajam com ele.
A vantagem para o usuário é a de não ter que instalar vários apps utilizados uma única vez na vida. “Os apps não vai desaparecer completamente, mas já “estamos ingressando na era pós-app”, disse ele. Na opinião do Gartner, ao longo dos próximos cinco anos evoluiremos para um mundo pós-aplicativos, com agentes inteligentes fornecendo ações e interfaces dinâmicas e contextuais. Os líderes de TI devem explorar como usar equipamentos e agentes autônomos para aumentar a atividade, permitindo que as pessoas façam apenas os trabalhos que humanos podem fazer. No entanto, eles devem reconhecer que agentes e equipamentos inteligentes são um fenômeno de longo prazo, que evoluirá continuamente e expandirá seus usos nos próximos 20 anos.
Hoje, muitas marcas já estão descobrindo que o nível de adoção, engajamento do cliente e retorno sobre investimento (do inglês Return on Investment – ROI) entregues pelos aplicativos móveis são significativamente menores do que as expectativas que baseavam seu investimento. Novas abordagens estão surgindo, com barreiras menores para descoberta e instalação e que oferecem praticamente o mesmo nível de engajamento com o cliente com um custo de investimento, suporte e marketing muito menor. Muitas empresas avaliarão negativamente essas experiências com seus aplicativos de baixo desempenho e decidirão reduzir suas perdas permitindo que seus App expirem.
4. Até 2020, empresas usarão algoritmos para “alterar positivamente o comportamento de bilhões de trabalhadores globais”
Estes sistemas irão funcionar como assistentes virtuais, mas vão usar o conhecimento comportamental e psicológico para ajudar os funcionários a tomarem decisões apropriadas. Isto significa que as empresas irão usar a ciência comportamental, psicológica, social e cognitiva para criar algoritmos que influenciem os funcionários realizarem melhor em seu trabalho. Um exemplo seria um programa que escuta uma chamada de atendimento ao cliente e dá sugestões ao atendente sobre como responder às perguntas de forma mais eficiente.
O uso de algoritmos pode assustar, no entanto, quando utilizados para gerar resultados positivos, podem provocar mudanças em diversas indústrias.
A contextualização dos algoritmos tem avançado exponencialmente para incluir uma variedade de intervenções comportamentais como a psicologia, a neurociência social e a ciência cognitiva. Os seres humanos tendem a ser mais emocionais do que factuais, o que provoca comportamentos irracionais. Os algoritmos podem alterar positivamente esse comportamento pelo aumento de sua inteligência por causa do uso do grande banco de memória coletiva que contém conhecimento que já foi socializado e testado. Isso ajudará os trabalhadores a lembrarem de qualquer coisa ou a serem informados em tempo real sobre assuntos sobre os quais nunca ouviram anteriormente, permitindo que completem suas tarefas de forma objetiva, porém, também aumentando o nível de apreciação da vida à medida que ela se desenvolve.
5. Em 2022, haverá uma empresa de serviços Blockchain que deverá faturar US$ 10 bilhões
Blockchain é uma tecnologia que mantém um banco de dados distribuído (ou “digital ledger” ou livro razão) para registrar transações que todos conectados na rede podem ver. Por ajudar a aumentar a transparência e a confiança nas transações, pode levar ao desenvolvimento de grandes “ecossistemas”, ou redes de negócios que irão utilizá-lo.
O potencial de ruptura da tecnologia é grande, inclusive ameaçando os antigos intermediários que mantém modelos de negócios tradicionais baseados em garantia de confiança, como tabeliões e autoridades públicas de registro de automóveis, casamentos, propriedades, patentes, passaportes, registros médicos, entre outros.
Encare o Bockchain como a próxima revolução no histórico de transações. Registros desse tipo fornecem uma visão compartilhada e imutável de todas as transações entre as partes envolvidas, que podem, portanto, atuar imediatamente em registros confiáveis e assegurar-se de que eles não poderão ser modificados. Qualquer tipo de troca de valores pode acontecer em minutos, não em dias. Aplicações de Blockchain podem liberar dinheiro, reduzir custos de transações e acelerar processos de negócios.
Mesmo que o desenvolvimento do Blockchain ainda esteja no início, ele já atrai o investimento em produtos e em capital.
6. Até 2021, 20% de todas as atividades de engajamento envolverão pelo menos um dos sete gigantes digitais
Essas empresas são Google, Apple, Facebook e Amazon nos EUA, e Baidu, Alibaba e Tencent na China. Isso significa que os consumidores serão mais dependentes que nunca dos serviços dessas grandes empresas.
Elas serão tão essenciais quanto as empresas de utilities. À medida que o mundo físico, financeiro e da saúde se torna cada vez mais digital, muitas das atividades realizadas por um indivíduo estarão conectadas. Essa convergência significa que qualquer atividade poderia incluir uma das gigantes digitais.
Aplicativos móveis, pagamentos, agentes inteligentes (Alexa, da Amazon) e os ecossistemas digitais (Apple HomeKit, WeChat Utility e City Services) tornarão as gigantes digitais parte de muitas das atividades que fazemos.
7. Os gastos com inovação não serão baratos
O Gartner estima que para cada dólar destinado à inovação serão gastos mais 7 dólares na execução do projeto. Por quê? Porque pode haver necessidade de uso de novas arquiteturas e tecnologias como a aprendizagem de máquina. O projeto, a implementação, a integração, a operacionalização e a gestão da solução idealizada podem ser significativamente maiores do que os custos iniciais com a inovação.
Para muitas empresas, a adoção de um estilo de TI bimodal para uma inovação de sucesso tem sido uma prioridade e um primeiro passo fundamental. O alinhamento próximo entre as equipes de Modo 1 e 2 é crucial para alcançar as metas de negócios digitais. Infelizmente, os custos com a implantação do Modo 2 de “solução idealizada” não são necessariamente considerados durante a idealização, e, para muitos, os custos do Modo 1 não são levados em conta no financiamento inicial.
8. Os dados IoT levarão a um aumento de demanda por armazenamento
A Internet das Coisas vai produzir uma grande quantidade de dados, capaz de aumentar a demanda por armazenamento em cera de 3% já em 2018. Isso porque a maioria dos dados gerados por dispositivos de IoT serão processados localmente, eliminando a necessidade de serem armazenados por um período de tempo muito longo. Os algoritmos é que irão determinar os dados que precisam ser salvos.
Segundo o Gartner, a IoT tem um potencial enorme para a geração de dados por meio dos quase 21 bilhões de pontos que deverão estar em uso em 2020. Dos quase 900 exabytes de capacidade dos discos rígidos (HDD) e unidades de estado sólido (SSD) de Data Centers previstos para serem enviados em 2020, o armazenamento de sensores discretos da IoT representará somente 0,4% e o armazenamento dos sensores de multimídia outros 2%, com um total arredondado de 2,3%.
Isso indica que a Internet das Coisas pode aumentar e entregar valores e visão de negócios importantes com base em dados, enquanto permanece gerenciável do ponto de vista de infraestrutura de armazenamento.
9. Em 2022, a Internet das Coisas vai economizar 1 trilhão de dólares por ano
Sensores serão utilizados para serviços como prever quando a manutenção de hardware será necessária, por exemplo. Uma das promessas da IoT é reduzir o custo com manutenção e bens de consumo. O desafio está em oferecer uma implementação segura e robusta que possa fornecer uma economia em uma ou duas décadas, sem custos administrativos que absorvam qualquer economia feita. Isso poderia ser um sistema de monitoramento de baixo custo baseado em sensores simples que reportam características definidas aos servidores analíticos.
O Analytics é usado para encontrar padrões nos dados brutos e recomendar a manutenção baseada no uso e nas condições reais, e não no tempo transcorrido ou nas condições estimadas. Na outra ponta, existe o surgimento do gêmeo digital, que captura dados quase em tempo real de seu gêmeo do mundo real com melhores sensores, e usa isso junto com outras fontes de dados, como clima, dados históricos, algoritmos e análise de máquinas inteligentes, para atualizar a sua simulação para refletir o estado físico de seu gêmeo.
10. O uso de dispositivos de fitness irá aumentar.
Até 2020, 40% dos funcionários poderão cortar seus custos com saúde usando um monitorador de preparo físico Em 2020, o Gartner estima que 40 por cento dos empregados poderão reduzir os seus custos com cuidados de saúde através do uso de um desses dispositivos para monitoramento de atividades físicas.
As empresas irão cada vez mais nomear líderes de programas de condicionamento físico para trabalharem de perto com gestores de recursos humanos para incluírem monitoradores de preparo físico nos programas de bem-estar como parte de uma iniciativa mais ampla de compromisso do funcionário. Os prestadores de serviços de saúde podem salvar vidas e diminuir custos atuando com base nos dados obtidos pelo dispositivo que mostra os riscos para a saúde do usuário.
Os dispositivos vestíveis fornecem uma rica quantidade de informações para serem analisadas em tempo real ou em retrospecto com o potencial para médicos e demais profissionais da saúde terem acesso aos dados atuais e históricas, caso o paciente concorde em compartilhá-las.