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A internet literalmente abre as portas para o mundo. Ela atrai, diverte, e mais do que nunca tem se tornado uma ferramenta para atividades sociais.

Tudo é muito novo, e devemos sempre nos lembrar de que no mundo digital vamos interagir com outros transeuntes, e que isto se refletirá na vida real. Então, tudo deverá acontecer por lá do mesmo modo que acontece aqui, ou seja, de forma educada, pois a internet é um ambiente público com regras implícitas que devem ser observadas.

Para os internautas mais novos, as crianças principalmente; temos de ensinar que, em ambos os lados, valem as mesmas regras de comportamentos, já que atitudes equivocadas podem causar muitos problemas.

Por exemplo: se expressar emoções através da escrita já é muito difícil para um adulto – vivemos cometendo gafes digitais –, imagina para as crianças e adolescentes, que estão iniciando no processo geral de interação e socialização.

Vejo todos os dias, famosos dando uns foras grotescos nas redes sociais, seja no Twitter, no Facebook, no Instagram; assim, não há como isolar nossos filhos desta forma de interação, nem muito menos do lado ruim que ela também traz.

A internet já está na vida dos nossos filhos, e isso continuará para sempre.

Os adolescentes de certa forma já perceberam isso, e adaptaram para sua realidade algumas expressões faciais virtuais a fim de demonstrar a emoção que querem comunicar. São os famosos “emoticons” ou mais recentemente o Emojis. Mas apesar deste recurso ajudar, ainda assim o papel de instrutores digitais cabe diretamente aos pais.

Nas palestras que fazemos nas escolas, demonstramos uma regra que chamamos de “A Regra de Ouro: trate o outro como você gostaria de ser tratado”, que passa a mensagem de que nosso comportamento no mundo real deve estar refletido no mundo virtual; e se oriente sempre nesta regra no caso de dúvidas.

Certamente, não podemos resumir tudo na Regra de Ouro, pois crianças estão na fase de aprendizado, as situações são muito dinâmicas, o que implica em dizer que é necessário que a atenção seja destinada dia a dia, e o acompanhamento da vida virtual seja também constante.

Utilizamos a palavra “netiqueta” como didática para “etiqueta na internet”.

Esse termo descreve de forma bastante informal um conjunto de recomendações para evitar mal-entendidos nas comunicações via rede.

As dicas aqui descritas devem ser aplicadas por crianças, adolescentes e adultos.

  • Alguém sempre lerá sua mensagem. Do contrário, ela não estaria na internet;
  • Lembre-se de que a base da Regra de Ouro é o respeito: trate os outros como gostaria de ser tratado;
  • Não use cores, variação de tamanhos de fontes, emoticons, emojis e nem nada do gênero em excesso, pois atrapalha a leitura do outro lado;
  • Sempre que possível, evite mensagens exclusivamente em letras maiúsculas, pois isso passa a impressão de que você está gritando ou chamando a atenção;
  • Procure sempre ser o mais claro e objetivo, para não gerar confusões por uma má interpretação de sua mensagem. Textos curtos e com boa ortografia sempre facilitam.
  • Gírias e abreviações devem ser usadas com cautela, pois podem confundir quem está lendo. Usar linguagem inadequada só complica a comunicação;
  • Nunca seja arrogante ou inconveniente. Use ideias ou argumentos para se fazer compreendido. Nunca responda usando palavrões ou depreciações;
  • Não escreva em outra língua se não for solicitado, e evite usar acrônimos ou internetiquês;
  • Ninguém é obrigado a se expressar de forma culta, mas o mínimo de respeito ao português deve ser despendido,
  • A pontuação deve ser obedecida para além de facilitar a leitura, evitar má interpretação;
  • Em fóruns de discussão, ou grupos nas redes sociais deixe o papel de moderador para o moderador. Não se envolta se não for exclusivamente para interagir com os moderadores; e neste caso faça e ensine a fazer de forma privada;
  • Oriente o jovem a desculpar e tolerar os erros dos outros, principalmente os novatos. Todos nós já fomos estreantes em algo, inclusive na internet;
  • Nunca encaminhe ou envie correntes recebidas por e-mails ou mensagens instantâneas;
  • Não faça cópia de arquivos da internet sem autorização; e quanto a tiver, sempre cite as fontes pesquisadas;
  • Em mensagens instantâneas, emoticons pode ajudar na expressão de sentimentos, como humor ou sarcasmo; mas seja cauteloso: nem todo mundo entende tudo do mesmo modo. As coisas não têm sempre o mesmo significado em todo lugar.
  • Em e-mails formais e trabalhos escolares não se deve usar emoticons, emojis, nem abreviações de palavras – algo muito comum na web – como “vc”, “tc”, “tb”, “q”, entre outras.
  • Utilize o e-mail sempre de forma educada, iniciando-o com “Saudações!”, “Olá!”, “Oi!”, e termine com “obrigado”, “grato”, e sempre assine seu nome.
  • Se enviar e-mail para várias pessoas, utilize o campo CCO (Copia Oculta). Assim você preserva os endereços de e-mail dos seus contatos evitando que caiam em listas de spammers.

É dos pais o papel de orientar o bom convívio com semelhantes, com bom senso e boas maneiras, o que igualmente se aplica à internet.

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