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Embora os debates calorosos dos prós e contras de um ambiente local comparado a um ambiente de nuvem sejam constantes, recomendo e incentivo estes debates sadios, pois isso auxilia a esclarecer vantagens sobre ambos os lados e melhora o direcionamento dos esforços para evoluir sua infraestrutura de acordo com sua necessidade em um mercado cada vez mais competitivo.

Há também um outro modelo que a proposta é oferecer o melhor dos dois mundos sem conflitos. E este modelo é chamado de infraestrutura híbrida.

Particularmente gosto deste modelo, pois já tive experiências positivas em projetos deste âmbito.

A dinâmica de utilizar a estrutura já existente e consolidada, mas também utilizar vantagens da cloud, onde se pode direcionar ou escalonar alto consumo de processamentos para algum projeto específico, ou momentâneo, sem impactar o consumo do dia a dia, podendo ter flexibilidade nos custos de compra, de instalação e manutenção, para projetos, que as vezes somente terão picos de processamentos em épocas especificas do ano é muito pertinente.

Imagina que sua plataforma de e-commerce tem grandes picos de vendas no Natal ou nas férias, se for uma companhia de viagem. É importante não ter falhas, para que não perca nenhuma venda. Mas manter uma grande infraestrutura somente para atender este período precisa ser mais bem planeado.

Você não precisa durante todo o restante do ano, ter custos de infraestrutura que fica ociosa. Assim, pode pensar em alocar recursos de processamento e disponibilidade de ambientes para um cloud publica, somente neste período. E nos demais períodos no ano, não pagar por processamento adicional.

De forma breve, uma infraestrutura híbrida combina seus recursos locais, permitindo explorar recursos computacionais externos. Sendo momentâneo ou permanente.

Podendo estes processamentos ou as cargas de trabalho serem medidas ou flexibilizadas sempre que julgar necessário. Para cima ou para baixo.

Pensar em utilizar infraestrutura híbrida pode lhe trazer bastante versatilidade e otimizar custos. Sem perda de performance para atender aos seus clientes e muito menos ignorar riscos associados de proteção de dados para informações sigilosas, que não devem ser alocadas em ambientes externos.

Perceba que uma infraestrutura híbrida é uma arquitetura de TI que oferece um nível mais elástico sobre sua infraestrutura, lhe permitindo maior orquestração sobre seu ambiente existente, sem abrir mão do investimento realizado até aqui.

Mas, que fique claro, que não existe uma arquitetura padrão, ou infraestrutura híbrida pronta. Toda organização é única e sua estrutura de tecnologia tem a vocação de refletir esta mesma exclusividade.

Sua arquitetura híbrida precisa representar e respeitar seus processos corporativos, sem esquecer de incentivar a competitividade e a mobilidade exigidos nos negócios atuais.

Este potencial de combinar as melhores características entre seu ecossistema e vantagem de ambientes cloud publica e ou privada, permite flexibilidade de tecnologias e custos e pode ser um fator chave para a inovação.

Focar nas necessidades dos clientes e parceiros com mais agilidade, pode representar ganho de competitividade e suas estratégias de tecnologia precisam estar alinhadas com o negócio, eu diria até, que precisam existir uma simbiose para a sobrevivência de ambos.

É catapultar a organização frente a transformação digital que bate a porta de todos nós, isto chega a ser uma questão de sobrevivência.

Na teoria e didaticamente é uma arquitetura fácil de implantar, mas na prática vai se deparar com questões complexas, até encontrar a forma mais interessante e eficiente para implantar com sucesso.

Irá se deparar com as mais diversas variáveis que vai exigir investigação exaustiva, pois para ter sucesso em um projeto desta envergadura, no mínimo, 70% deve ser de planejamentos.

Recomendo que comece sua empreitada com projetos pequenos e pontuais.

Se existir a necessidade de escalabilidade de uma aplicação ser reformada, ou desenvolvida, pode ser uma boa iniciativa. Ou mesmo lançamento de um novo produto ou serviço sazonal. Pode pensar em arquitetura de microsserviços. Dividindo a carga de trabalho para explorar as possibilidades de utilizar uma arquitetura híbrida, pagando somente pelo consumo dos recursos.

Outra possibilidade também, que pode ser explorada inicialmente, é se necessita de um grande poder de processamento, como cargas de trabalho com auto volume de dados e disso extrair relatórios para os executivos da organização.

Para lidar com os desafios atuais, as organizações devem avaliar as novas tecnologias disponíveis, analisar as possibilidades digitais, incentivar a melhoria continua sempre de acordo com suas necessidades e procurar as parcerias certas. Sem jamais, navegar por águas desconhecidas por modismo.

Existem ao seus dispor novos modelos que podem reduzir os custos com infraestrutura, com acesso a novas tecnologias.

A infraestrutura híbrida tem que auxiliar na Transformação Digital, mas trazendo sempre resultados claros e mensuráveis a organização.

Até a próxima perola.

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