No dicionário o termo infraestrutura ( in·fra·-es·tru·tu·ra (infra- + estrutura)) e a parte inferior, geralmente não visível de uma construção ou de uma estrutura. Ou aquilo que garante a existência ou da suporte a algo, ou seja a base.
Infraestrutura pelo contexto académico é um conjunto de serviços fundamentais para o desenvolvimento socioeconômico de uma região. Neste caso, está sendo conceituado questões como transporte, energia, telecomunicações ou saneamento. E a falta de infraestrutura nestes exemplos, acarreta a dificuldade do desenvolvimento de uma região, como, falta de competitividade, de captação de investimentos, desenvolvimento de novos negócios e empregos. Mas veremos isso com o contexto dos negócios e da TI.
Quando levamos este contexto para a área da Tecnologia, vemos, neste caso, que a Infraestrutura de TI são os componentes necessários para suportar, gerenciar ou ser a base dos ambientes tecnológicos de uma organização.
Ou seja, são os componentes de tecnologia que a organização utiliza, e estamos falando do hardware, software, a rede e demais itens envolvidos, tais como sistemas operacionais, o banco de dados, os links de internet. Pois todos são partes da Infraestrutura de TI.
Para que o este conceito fique mais claro, vou exemplificar alguns elementos:
Hardware são os datacenters, os servidores, os computadores pessoais, os ativos de redes, switchs, roteadores, e etc. Lembrando que no caso dos datacenter, o imóvel, os sistemas de refrigeração, de energia, de combate a incêndio, fazem parte dos componentes da infraestrutura que da suporte a TI.
Os softwares são as aplicações utilizadas pela organização. Seja o Sistema Operativo, como o Windows ou o Linux. O Office, o sistema de banco de dados, ou mesmo o ERP, ou outros softwares de gestão.
A rede também compõe a infraestruturas de TI. Pois são os componentes que permitem a comunicação, os gerenciamentos e as operações entre os sistemas internos e externos que fazem o vínculo entre clientes, fornecedores e colaboradores.
Apesar de alguns autores não considerarem serviços, com parte da infraestrutura, eu considero, pois acredito ser indivisível. Não somente pelos princípios e metodologias que estudo, onde a tecnologia, serviços e negócios precisam estar muito próximos e tudo isso tem impacto financeiro, nas pessoas e nos custos envolvidos, para que a base funcione bem.
Ainda mais, se estiver em analise infraestruturas de TI complexas ou se seu serviço depende de terceiros para funcionar. E precisamos pensar em gerir tudo isso.
Podemos também ilustrar alguns tipos de infraestruturas de TI diferentes. E posso citar:
Infraestrutura tradicional, onde a instituição abriga, acolhe todos os seus componentes de tecnologia. Seja os datacenters, os servidores, os sistemas e etc. Normalmente este é um custo mais alto, pois exige pensar em despesas como eletricidade, espaço físico, diversos sistemas, como o sistema de incendio falado anteriormente, e similares e principalmente em toda a equipa responsável para que tudo funcione bem.
As vezes também chamado de on premisse e veremos detalhes sobre isso em outra perola.
Outro exemplo de tipo de infraestrutura é a chamada, em nuvem ou cloud. Onde é possível definir quais de seus itens de infraestrutura serão cuidados por outra empresa. E temos diversos modelos que podem ser utilizados.
Podendo escolher o que deseja, se necessita somente de mais poder de processamento dos servidores, ou somente deseja que um tipo de serviço seja executado, como emails ou o sistema de gestão.
Empresas como Microsoft e a Amazon, fornecem estes tipos de serviços e você pode escolher pagar de diversas formar. Também veremos detalhes desde tipo de infraestruturas em outra perola.
Uma diferença que gosto de apontar entre este dois tipos, é que cloud, lhe permite a acesso mais rápido as novas tecnologias, e escala com mais facilidade, mas já percebi que na grande maioria o que pesa na escolha são os custos.
A infraestrutura tradicional, o seu custo para manter em funcionamento será sempre diretamente ao que você possui. Sendo utilizada ou não. Ou seja, se você tem 10 servidores ligados, mas somente utiliza 10% de todo o poder computacional que estes servidores possuem, seu custo será praticamente o mesmo, se você usar 10% ou se usar 100%.
O modelo em nuvem, normalmente faz o contrato por necessidade de uso. Ou seja, você paga, pelo consumo do serviço contratado.
Não quero afirmar aqui, que a infraestrutura tradicional tem um custo mais alto do que a infraestrutura em nuvem, mas normalmente serviços em nuvem, conseguem apresentar custos mais competitivos.
Temos também a infraestrutura híbrida, onde podemos dividir sua infraestrutura, uma parte mantém no modelo tradicional e outra parte você mantém em nuvem, indo de encontro com a melhor estratégia de sua organização, ou a necessidade de momento.
Outro ponto que é importante em ser observado, quando se fala em Infraestrutura é pensar no gerenciamento desta infraestrutura e aí temos que ter a coordenação dos recursos, das plataformas envolvidas neste ambiente e precisamos pensar no:
Gerenciamento do Sistemas Envolvidos; Gerenciamento da Nuvem; de Virtualização, De Processos, da Automação no Gerenciamento de riscos, entre outros.
Metodologias como ITIL e COBIT, auxiliam na Gestão de diversos serviços, e riscos associados, inclusive pensando nos componentes de profissionais, sejam para organizar estes ambientes, otimizar os recursos, seja melhorando o conhecimento, reduzir ociosidades, pensando no ciclo de vida e na melhoria continua da Infraestrutura de TI, visando sempre a geração de valor aos clientes.
Também vamos falar sobre ITIL e COBIT e outras metodologias nas perolas futuras, inclusive para incentivar suas formações e certificações.
Bom, por hoje é isso. Por agora, espero que tenha percebido o que é esta Infraestrutura de TI, quais os itens que estão envolvidos, hardware, software, rede e serviços.
Que esta pode ser tradicional, em Nuvem ou hibrida.
Nós vemos na próxima perola.
